quarta-feira, 12 de março de 2008

Células embrionárias e transplantes

De: Pedro Porfírio
Para: Edson Nogueira Paim
Data: 12/03/08 07:26
Assunto: Células embrionárias e transplantes


Células embrionárias e transplantes

MINHA COLUNA NO JORNAL POVO DO DIA DE 12 DE MARÇO DE 2008


O órgão a ser tranansplantado é retirado de um doador quando se atesta a "morte cerebral".

MINHA COLUNA NO POVO DO RIO DE 12 DE MARÇO DE 2008

Lamento profundamente que algumas pessoas, movidas tão somente por suas convicções religiosas, insistam em que o governo, que não é de nenhuma religião especificamente, e que a Justiça, ídem, sejam instrumentos de sua maneira de ver questões de saúde pública.
Respeito a fé de cada um. Todos têm direito a ter uma religião. Isso é sagrado. Mas a atitude de cada um deve ser no limite de sua individualidade, pessoal.
Há uma denominação evangélica - as Testemunhas de Jeová - que é contrária à transfusão de sangue. Quem se filiar a essa denominação não pode alegar que desconhece tal proibição. Mas daí a querer que todos os brasileiros sejam contrários, aí seria forçar a barra. E as Testemunhas de Jeová jamais tentaram converter em lei aquilo que é uma leitura própria das escrituras.

Por que a Igreja Católica não segue o seu exemplo? Há muitos segmentos de católicos no mundo inteiro que sonham com curas científicas para algumas doenças, a partir das células-tronco embrionárias que podem se transformar em qualquer célula do corpo humano e devolver vida a muita gente.
Essas células poderão ser usadas no tratamento do câncer, cardiopatias e dezenas de doenças, inclusive o Mal de Alzeimer e o Parkinson (Veja no meu blog
http://porfiriourgente.blogspot.com/ )
É claro que as pesquisas terão que avançar muito. Elas ainda não têm a resposta acabada para tais sofrimentos. Mas se ninguém puder pesquisar, não chegaremos a lugar nenhum.
Uma professora universitária de Pernambuco me escreveu lembrando a incoerência dos que alegam existir vida na célula embrionária. Ela comentou: se essas mesmas pessoas aceitam a doação de órgãos de uma pessoa com "morte cerebral", como podem se postarem com salvadoras de uma célula embrionária?
Veja que raciocínio claro: "Mas me parece que o problema central, na questão das células-tronco é a definição de quando começa a vida. Não era algo fácil de determinar até que, na minha opinião, se definiu quando é que ocorria a morte. Para efeito da doação de órgãos, o critério é o da morte cerebral, uma vez que se constatou que o simples parar do coração não basta. Muitas vezes, dependendo da assistência, muita gente já voltou do "outro lado", depois de alguns momentos de aparente morte. Mas depois que o cérebro para, não há mais volta (é diferente do coma, onde se detectam os sinais de atividade cerebral, apesar do corpo não responder aos estímulos aplicados). Então, não seria um critério possível a ser utilizado? Se a Igreja, católica ou qualquer outra, é capaz de aceitar esse critério para determinar a retirada de órgãos, de alguém que está claramente vivo no sentido amplo da palavra, o lógico é que se determine o momento do desenvolvimento em que o cérebro começa a funcionar, como sendo aquele em que começa a vida. Senão, não faz sentido aceitar a retirada de órgãos".
coluna@pedroporfirio.com

VALE A PENA LER DE NOVO

O seqüestro do raciocínio e o apagão da inteligência

MINHA COLUNA NA TRIBUNA DA IMPRENSA DE 9 DE NOVEMBRO DE 2007

LEIA A COLUNA NA ÍNTEGRA

"Jamais aceite como exata coisa alguma que não se conheça à evidência como tal, evitando a precipitação e a precaução, só fazendo o espírito aceitar aquilo, claro e distinto, sobre o que não pairam dúvidas".
René Descartes, filósofo francês (1596-1650)

Nos dias de hoje, nada me assusta, deprime e revolta tanto como o seqüestro do raciocínio. Nada é mais danoso e demolidor. Nada causa tantos males à espécie humana.
Não. Eu não estou falando da corrupção da consciência. Nem da corrosão do caráter. Nem da desfiguração do sentimento. Não me refiro à extinção dos valores morais, éticos e religiosos que um dia pesaram nas atitudes.
Isso o dilúvio da hipocrisia em cascata afogou em sua devastação fulminante. Há sobreviventes que ainda respeitam esses valores jurássicos, admito. Mas são espécies raras, em ostensivo processo de extinção.
O raciocínio seria a última arma da natureza humana. Seria uma ferramenta disponível como uma bússola norteadora. Você podia ter sido amputado de valores tornados subjetivos. Poderia estar inoculado do vício do mais abjeto e desesperado individualismo.
Mas, ao dispor da capacidade de raciocinar, de pensar, respeitaria um novo tipo de cânone, amparado no instinto da sobrevivência. Não importava seu juízo de valores. Mas o cérebro falava mais alto na formulação do comportamento.
Não era o ideal. Antes, a solitária sobrevivência da capacidade de raciocinar se constituía num certo recurso do pragmatismo. Na busca do êxito, o raciocínio pode destituir-se de todo e qualquer constrangimento. Mas, pelo menos, é um elemento de avaliação. Que pode ser usado para o mal, mas também para o bem

Lá como cá

Governador de Nova York tem 48 horas para renunciar

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No país dos puritanos, mais um escândalo envolve governador de um grande Estado com a prostituição. Por aqui, convenhamos, não é diferente.

NOVA YORK (EUA) - A pressão para o governador de Nova York, Eliot Spitzer, renunciar aumentou nas últimas horas, quando líderes republicanos deram ao democrata um prazo para deixar o cargo. "Se ele (Spitzer) não renunciar em até 48 horas, vamos preparar artigos de impeachment para tirá-lo do poder", afirmou James Tedisco, líder republicano da Assembléia Legislativa de Nova York.

Na segunda-feira, Spitzer fez um pronunciamento público no qual pediu desculpas à sua família por ter sido vinculado a uma rede de prostituição de luxo, numa denúncia divulgada pelo jornal "The New York Times". Spitzer, que é casado há 21 anos e tem três filhas, está sendo investigado pela Justiça por ter se envolvido com uma prostituta e deslocado a mulher entre estados - ação que é considerada crime nos EUA.

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